Educação de Cabo Frio define Greve por tempo indeterminado a partir de quarta-feira (15/1)

Trabalhadores das escolas municipais decidiram não aceitar o parcelamento salarial anunciado pelo prefeito Sérgio Azevedo e considerado um indignante calote a conta-gotas. A categoria exige que a prefeitura apresente solução que não descarregue nas costas dos trabalhadores os ônus pelos crimes praticados por Magdala Furtado e seus asseclas

A assembleia realizada pelos trabalhadores da educação de Cabo Frio no dia 9 de janeiro de 2025 foi marcada por intensas discussões sobre o parcelamento de salários anunciado pela prefeitura e a aprovação de um conjunto de deliberações para enfrentar a crise financeira que penaliza os servidores, os serviços públicos e seus usuários. A principal ação votada é a greve por tempo indeterminado que iniciará na quarta-feira da próxima semana, dia 15 de janeiro. A reunião, uma das mais representativas dos últimos meses, contou com a presença de centenas de profissionais da educação contratados e concursados que atuam em diversos cargos e unidades de ensino, inclusive com participação de vários diretores escolares da cidade, além de muitos trabalhadores aposentados. A direção colegiada do Sepe Lagos apresentou os principais informes e as orientações do departamento jurídico da entidade, que nortearam o planejamento das medidas a serem tomadas.

Parcelamento de salário é calote a conta-gotas!

Diante do anúncio do prefeito Sérgio Azevedo (PL) sobre o parcelamento dos salários da folha de pagamentos da educação em três vezes e dos demais trabalhadores da prefeitura em dez, os participantes da assembleia manifestaram uma insatisfação generalizada, mesmo entre servidores que apoiaram a eleição do novo gestor municipal.

Ibascaf nas mãos de tecnocratas apartados do funcionalismo municipal

Também foi relatado que a equipe financeira do Instituto de Benefícios e Assistência aos Servidores de Cabo Frio (Ibascaf), sob comando de Sérgio Aureliano, está sendo composta por profissionais de fora da cidade, sem qualquer relação com o serviço público municipal, o que gerou críticas sobre a falta de representação local e pela necessidade de que a definição do comando da autarquia se dê por meio de eleições limpas e democráticas entre os trabalhadores da prefeitura e não por imposição do Executivo. Sobretudo no atual cenário em que a falta de recursos no fundo previdenciário coloca a autarquia na dependência do Tesouro Municipal para realizar pagamentos. Só haverá transparência com controle social dos recursos.

A devassidão natalina de Magdala, Rogério Jorge e seus comissionados

Outro ponto grave foi a denúncia de que o ex-secretário de educação Rogério Jorge, além de ter ajudado Magdala Furtado (PV) a encobrir os desvios de quase R$ 1 milhão da pasta e a implementar terceirizações superfaturadas e totalmente irregulares, também realizou pagamentos indecente no mês de dezembro. Na véspera do natal, ele favoreceu superssalários de mais de R$ 20 mil a si próprio e exclusivamente aos então servidores comissionados que sustentavam politicamente o desgoverno anterior. Enquanto isso os contratados e efetivos que atuam nas escolas permanecem até hoje sem seus salários de dezembro.

Plano de luta pelos salários e por punição para Magdala e sua quadrilha

A assembleia aprovou por ampla maioria o início de uma greve por tempo indeterminado que será iniciada na quarta-feira, 15 de janeiro. O aquecimento para fortalecer essa mobilização já ocorreu manhã desta sexta-feira (10/1), quando a categoria realizou uma importante caminhada da Praça Porto Rocha até a Prefeitura, onde fizeram vigília durante a reunião de Serginho com as representações sindicais do funcionalismo municipal. Todos os acontecimentos dessa manhã foram transmitidos ao vivo no Instagram do Sepe Lagos e as gravações estão disponíveis no nosso feed nessa rede social e também no Facebook.

Ação judicial contra o calote

O departamento jurídico do sindicato informou que uma ação judicial foi aberta para garantir o pagamento integral dos salários e pedir a responsabilização criminal de Magdala Furtado e todos os demais envolvidos nos desvios na educação. A ação busca estabelecer justiça não apenas aos servidores ativos, como também aos aposentados, efetivos e contratados.

Por SEPE Lagos

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Theo Vieira
Pós graduado em História do Brasil pela Universidade Candido Mendes e Graduado em Comunicação Social, com habilitação para Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida. Atua como jornalista e apresentador dos programas “Super Manhã” de Segunda a Sexta das 5h às 07h e o “Sabadão da Nossa Rádio”, todos os Sábados de 09h ao meio dia, pela Nossa Rádio FM.