Araruama encontra-se em meio a uma controvérsia significativa. Em um momento de crise sem precedentes no setor de saúde, a Prefeitura decidiu investir uma soma estimada em R$ 1.000.000,00 (Um milhão de Reais) em um evento cultural, o “Araruama Literária”. O evento, que terá como atrações a Banda Paralamas do Sucesso e a Banda Ira, com custos de R$ 148 mil e R$ 86 mil respectivamente, tem despertado a ira dos habitantes locais.
Os residentes de Araruama estão sofrendo com problemas graves de acesso à saúde. Relatos de filas extensas para atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), demoras intermináveis para marcar consultas com especialistas nos postos de saúde, além de falta de médicos e medicamentos, tem se tornado comuns. Ao mesmo tempo, a Prefeitura, sob a liderança da Prefeita Lívia Bello, optou por investir significativamente na contratação de grandes bandas para um evento literário.
Crise sem precedentes
Esse cenário levanta uma questão pertinente: é mais importante investir em eventos culturais ou na saúde e infraestrutura local? É indiscutível que a cultura desempenha um papel vital em qualquer sociedade, mas a saúde é um direito fundamental. Investir em saúde não é apenas uma questão de garantir atendimento médico adequado; trata-se também de investir na qualidade de vida e no bem-estar da população.
A crise de saúde em Araruama evidencia a necessidade de uma revisão das prioridades do município. A situação é agravada pelo escândalo em torno do programa “Minha Casa, Minha Vida”, onde a prefeita Lívia Bello, secretários e a Vice-Prefeita, Raiana Alcebides, são acusados pelo Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União de favorecer amigos, parentes e funcionários em detrimento de quem realmente necessita do programa.
No contexto atual, investir em estrutura e saúde parece ser a prioridade mais urgente para Araruama. Enquanto a música pode trazer algum alívio momentâneo, a saúde é uma necessidade diária e constante. Portanto, é imprescindível que as autoridades locais reconsiderem suas prioridades de investimento e foquem na solução dos problemas de saúde da população e na estruturação da cidade.
Fonte: CIC7