Muitos em nome da cidade, poucos em prol dela

O que vemos, entra ano e sai ano, em Cabo Frio, em Arraial do Cabo, em São Pedro da Aldeia, Búzios, Araruama, são muitas pessoas falarem em nome da ‘cidade’, mas poucos de verdade em prol dela.
Elencam inúmeros motivos nobres e até louváveis de luta, levantam bandeiras, causas, expõem mazelas e dificuldades sociais, quando não expõem pessoas humildes, suas dores, seus dramas e até os conduz a uma verdadeira humilhação cinematográfica, apresentam motivos coletivos e demandas de uma comunidade, porém, quando a máscara cai, percebe-se o real motivo, nem tão nobre, e muito menos digno, o da autopromoção, o da vaidade e o do ‘ farinha pouca, meu pirão primeiro’.
Cabo Frio por exemplo, já temos mais candidatos que eleitores, de todos os cantos, com os motivos mais variados, desde a volta dos que não foram, até velhos conhecidos de grupos políticos posando como novos ou uma nova opção, ou alternativa, quando fizeram parte, de alguma forma, de tudo que vivemos, incluindo as maldições e os mandos e desmandos que trouxeram o caos para Cabo Frio, fora o enriquecimento ilícito de muitos, inclusive empresários ligados aos Governos Municipais.
Por aqui, montam negócios para aparecer e abrem entidades representativas do nada, para se colocarem no cenário político e galgarem, quem sabe, uma boquinha na Câmara dos Vereadores ou quem sabe em algum Governo com uma Secretaria ou Superintendência.
No início, falam em nome do bem de Cabo Frio, e das cidades, no percurso já vemos os intentos pessoais e a vaidade do aparecer a qualquer custo, se sobrepor ao anseio nobre da tal luta por um município melhor, aliás, a luta é apenas por cargos, status, salários e a manutenção das suas máscaras.
O que atrasa Cabo Frio, e as outras cidades ao lado, são esses politiqueiros, que levantam a bandeira da cidade, ou pelo menos, assim dizem, mas na verdade, o hasteamento é da bandeira pessoal, particular, do seu e dos seus, pensando apenas como quem lá já está no poder, esperando apenas Deus dar asa a cobras, ou o povo se iludir e acreditar nesse baile de máscaras a lá Sucupira.