Na década de 1970, o Brasil vivia uma ditadura militar. Como uma forma de protesto e contestação do regime político da época, vários artistas, como Caetano Veloso, Raul Seixas, entre outros, se autoexilavam em Países da Europa. No ano de 1979, Alceu Valença partiu para o autoexílio na França. Durante o tempo em que ficou em terras francesas, Alceu conseguiu fazer muito sucesso e até gravou um disco, chamado “Saudade de Pernambuco”.
Alceu Valença gostou tanto do país, que acabou voltando a França para participar de um festival, no ano de 1986. A história de “La Belle De Jour”, começou após uma apresentação de Valença. Após um show, o cantor e um produtor foram para um bar em Paris, onde havia uma bela mulher. Eles começaram a conversar e Alceu disse para a bela mulher que ele era poeta. Foi quando ela disse “então me faça um poema!”. Só que a bela mulher era ninguém menos do que a famosíssima atriz britânica da época, Jacqueline Bisset. Fato que Alceu só foi saber mais tarde.
No outro dia, Alceu resolveu homenagear a linda atriz com uma canção. Ao escrever, lembrou-se também de outra namorada que teve, com quem frequentava a Praia de Boa Viagem, no Recife. Dessa mistura de histórias, saiu a romântica La Belle De Jour!
Só tem um problema nessa escolha: ao tentar homenagear Bisset, o cantor chamou a música de La Belle De Jour, por causa do filme de 1967. Seria ótimo, mas o longa-metragem não é estrelado por Jacqueline Bisset, mas sim pela atriz francesa Catherine Deneuve!
No fim das contas, o artista fez uma bela de uma confusão entre uma atriz britânica e uma francesa e, na tentativa de dedicar a música a uma, acabou falando da outra. Como homenagem, não foi lá essas coisas, mas como música deu certo!
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