Em Cabo Frio, uma prática proibida e com risco para a sociedade voltou à tona neste fim de semana. Um balão foi visto em diferentes pontos da cidade, gerando indignação e alerta na população. O risco de incêndios florestais e urbanos, além de potenciais acidentes aéreos, são as principais preocupações associadas a essa atividade ilegal
O que aconteceu?
Diversos moradores testemunharam a passagem do balão pelos céus de Cabo Frio. “Um absurdo, pode gerar um grande incêndio”, disse uma moradora que registrou o balão no bairro Braga. Em outra ocasião, o balão foi visto se movendo em direção ao aeroporto da cidade. A cena também foi registrada na Lagoa de Araruama, onde o balão chegou a cair, antes de voltar a subir. Até o momento, os responsáveis por soltar o balão não foram identificados.
Os riscos da soltura de balões
O major Fábio Contreiras, do Corpo de Bombeiros, reiterou o perigo envolvido na soltura de balões. De acordo com ele, além de poder causar incêndios em áreas de vegetação e residências, um balão pode cair em redes elétricas, causando interrupção do fornecimento de energia para um bairro inteiro. A aviação também é ameaçada por essa prática, podendo resultar em acidentes aéreos e interferir em decolagens e voos.
Soltura de balões é crime ambiental
É importante lembrar que a prática de soltar balões é considerada crime ambiental no Brasil, conforme artigo 42 da lei de crimes ambientais (nº 9.605/98). A pena para quem for pego confeccionando, comercializando ou soltando balões que possam provocar incêndios em florestas e áreas urbanas varia de um a três anos de detenção ou multa, ou ainda ambas as penas.
A Polícia Militar orienta que denúncias sejam feitas através do Linha Verde, pelos telefones 2253 1177 ou 0300 253 1177 (interior do Estado, custo de ligação local), além do aplicativo “Disque Denúncia RJ”. O denunciante pode enviar fotos e vídeos, com a garantia do anonimato.
Preservar a vida e o meio ambiente é responsabilidade de todos. A conscientização sobre os perigos da soltura de balões pode ajudar a prevenir catástrofes e a proteger nossa fauna e flora para futuras gerações.
Fonte: O Antagonista
