Segundo os dados apurados, a paralisação das obras de revitalização da Lagoa de Geribá, em Armação dos Búzios, se deu por força de uma decisão judicial, no âmbito da Ação Civil Pública nº 0803546-48.2024.8.19.0078, em trâmite na 2ª Vara Cível da Comarca de Armação dos Búzios. A ação foi movida por uma ONG ambientalista cuja atuação, no entanto, vem sendo questionada por sua proximidade com interesses político-partidários, em especial com figuras da velha guarda da política buziana.
De forma explícita e cada vez mais evidente, segundo denúncias, a organização é apontada como instrumentalizada pelo ex-prefeito Mirinho Braga e por seu filho, o vereador Raphael Braga, ambos do grupo político que insiste em criar obstáculos a qualquer iniciativa do atual governo — mesmo que isso custe o atraso de obras de interesse público, como a revitalização de um dos principais cartões-postais da cidade.
Mirinho Braga, que tentou se desvincular da movimentação política sob a justificativa de laços familiares com o ex-secretário de Meio Ambiente, Evanildo Nascimento, de acordo com as denúncias, na prática atua nos bastidores, utilizando-se da ONG como braço auxiliar para desgastar a atual gestão.
O vereador Raphael Braga, por sua vez, tem protagonizado episódios vergonhosos na Câmara Municipal, ecoando narrativas distorcidas, promovendo tumultos em sessões e se alinhando a movimentos que se dizem ambientalistas, mas agem como aparelhos de oposição política encobertos. O vereador tem adotado postura politiqueira ao tentar paralisar iniciativas que beneficiam a população e ao defender interesses que, na prática, atrasam o desenvolvimento de Búzios.
Ao contrário do que se propaga, o impasse com o INEA sobre o licenciamento da obra não é o fator determinante da paralisação, mas sim a liminar obtida judicialmente. A Prefeitura Municipal de Armação dos Búzios, ciente da necessidade e legalidade do projeto, já se mobiliza tecnicamente para reverter a decisão, munida de pareceres, laudos e respaldo jurídico sobre a natureza da intervenção.
O próprio município esclarece, com base em jurisprudência e doutrina, que:
“OBRAS HIDRÁULICAS relacionam-se à movimentação das águas. […] estruturas como passarelas, decks e píeres fixos, que não alteram o regime hidrológico natural, não são intervenções de controle hidráulico ou interferência significativa nos corpos d’água.”
A tentativa de transformar uma ação administrativa em palanque político revela não só o desprezo de Mirinho Braga e seu grupo pela legalidade, mas principalmente sua desconexão com os verdadeiros anseios da população buziana. O que está em jogo, no fundo, é o futuro da cidade frente a um passado que insiste em atrasá-la.