O Governo do Estado realizou, na segunda-feira (17/11), mais uma fase da Operação Rastreio, considerada a maior ação já empreendida no país contra roubo, furto e receptação de celulares. Policiais civis da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) cumpriram 132 mandados judiciais simultaneamente em 11 estados, visto que as investigações apontam para um esquema nacional de desbloqueio e receptação qualificada de aparelhos.
As diligências ocorreram no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Alagoas, Pernambuco, Maranhão, Piauí, Pará e Rondônia.
O governador Cláudio Castro destacou que a ação reforça o compromisso do Estado com a segurança da população, tendo em vista que o celular hoje reúne grande parte dos dados e informações pessoais dos cidadãos.
— Continuaremos ampliando essa iniciativa com estratégia e tecnologia, a fim de cortar o mal pela raiz e fortalecer o combate ao crime organizado — afirmou o governador.
A operação contou com apoio das Polícias Civis locais e do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi). Essa articulação nacional, portanto, permitiu integrar as Polícias Judiciárias Estaduais e potencializar o enfrentamento aos crimes ligados ao furto, roubo e receptação de celulares.
As investigações tiveram início após a prisão de um criminoso considerado referência no desbloqueio de aparelhos. Ele ministrava cursos online e realizava desbloqueios de forma remota. Todavia, após sua captura, os agentes começaram a identificar uma rede de “clientes” espalhados por diversos estados.
Nesta fase, os alvos são receptadores ativos que encaminhavam celulares roubados para desbloqueio e comerciantes que reintroduziam esses aparelhos no mercado, buscando dar aparência lícita aos dispositivos. Muitos endereços investigados incluem lojas, boxes e quiosques.
Além disso, parte dos investigados utilizava o desbloqueio para acessar dados sensíveis das vítimas, no entanto, o objetivo era abrir contas bancárias ilegalmente, acessar aplicativos financeiros, contrair empréstimos fraudulentos e subtrair valores.
— Essa é mais uma etapa da Operação Rastreio, resultado de meses de trabalho de inteligência. Estamos desarticulando a maior rede interestadual de roubo de celulares do Brasil — explicou o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.
Resultados da Operação Rastreio
A Operação Rastreio é, portanto, a maior iniciativa do Estado do Rio de Janeiro para combater toda a cadeia criminosa envolvendo subtração e receptação de celulares. Até o momento, mais de 10 mil aparelhos foram recuperados, sendo 2.800 já devolvidos aos legítimos proprietários. Além disso, mais de 700 criminosos — entre autores de roubos, furtos e receptadores — foram presos desde o início da ação.






