No Brasil, o mês de julho é marcado pelo movimento Julho Amarelo, dedicado à conscientização e prevenção das hepatites virais, um grave problema de saúde pública que afeta milhares de pessoas todos os anos. Segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 1 milhão de brasileiros convivam com hepatites virais, sendo a hepatite C a mais prevalente, seguida pela hepatite B. Mas os números registrados são bem menores. De acordo com dados do boletim epidemiológico do MS, 756 casos de hepatite foram registrados em 2022 no Brasil. No período de 2000 a 2022, foram confirmados 750.651 registros no país.
Em Cabo Frio, 178 pessoas estão recebendo tratamento, segundo a prefeitura.
As hepatites virais são infecções que causam inflamação do fígado e podem ser causadas por diferentes vírus (hepatite A, B, C, D e E), cada um transmitido de maneira específica, seja por contato com sangue contaminado, relações sexuais desprotegidas, uso de drogas injetáveis ou consumo de água ou alimentos contaminados.
A importância dos exames de detecção precoce é fundamental, pois a maioria das infecções por hepatite é assintomática nos estágios iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce. A Dra. Fabiana Sotero, infectologista renomada, destaca que “é comum os pacientes não apresentarem sintomas por anos, o que pode levar à progressão silenciosa da doença e complicações graves como cirrose e câncer de fígado.”
O tratamento das hepatites virais varia conforme o tipo e está cada vez mais eficaz, com medicamentos que conseguem controlar a replicação do vírus e reduzir o risco de complicações. No entanto, é crucial que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível para aumentar as chances de sucesso terapêutico.
Além dos desafios médicos, as hepatites virais também impactam significativamente a qualidade de vida dos pacientes e representam um alto custo econômico para o sistema de saúde, devido aos tratamentos prolongados e às possíveis internações hospitalares.
Durante o Julho Amarelo, diversas ações de conscientização são realizadas em todo o país, incentivando a população a realizar testes de detecção e a adotar medidas preventivas, como a vacinação contra a hepatite B, uso de preservativos em todas as relações sexuais e não compartilhamento de objetos de uso pessoal que possam estar contaminados.
Para mais informações sobre prevenção, sintomas e tratamento das hepatites virais, a população pode procurar unidades de saúde e se informar com profissionais qualificados.