Um homem identificado como Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, morreu após acionar explosivos na noite de quarta-feira (13) em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Momentos antes, uma outra explosão aconteceu no carro de Francisco, estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados. O intervalo entre as explosões foi de apenas 20 segundos.
Francisco (foto abaixo), conhecido como Tiu França, era natural de Rio do Sul (SC) e foi candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020, mas não foi eleito.
Ele tentou entrar no prédio do STF, onde jogou um explosivo próximo à entrada, exibiu artefatos presos ao corpo a um vigilante e, em seguida, acionou outro explosivo na região da nuca.
Testemunhas afirmaram que ele tirou diversos objetos de uma mochila, incluindo uma blusa e um extintor, e que, quando o segurança tentou se aproximar, ele abriu a camisa, mostrando algo que parecia um relógio digital, levando o segurança a pensar que se tratava de uma bomba.
Além disso, ele enviou mensagens pelo WhatsApp que indicavam sua intenção de realizar um atentado, manifestando sua intenção de autoextermínio e de ataque com explosivos.
No carro de Francisco, bombeiros e militares especializados encontraram materiais semelhantes a explosivos, fogos de artifício, tijolos e outros objetos. A origem e o tipo exato dos artefatos explosivos usados ainda não foram confirmados, mas imagens mostraram fogo e fumaça, com parte das explosões se assemelhando a fogos de artifício.
A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal abriram inquéritos para investigar o caso. Durante as investigações, foi descoberto que Francisco alugou uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal, poucos dias antes das explosões. A residência está sob perícia, onde foi encontrada sua CNH.
Testemunhas, incluindo uma funcionária do Tribunal de Contas da União, relataram ter visto Francisco minutos antes da explosão, segurando uma sacola e acenando. Outro relato foi dado por um dono de food truck que presenciou o carro pegando fogo no estacionamento da Câmara dos Deputados.
Segundo a CNN, Francisco chegou a circular pelo Congresso Nacional durante o dia e tentou visitar o deputado Jorge Goetten (Republicanos-SC). “Lamento muito o ocorrido. O França, a família dele, um amigo querido lá de Rio do Sul, a minha terra, desde a minha juventude que eu conheço ele e conheço a família dele”, afirmou Goetten.
Entre as dúvidas que permanecem estão a motivação para o ataque, o possível envolvimento de outras pessoas, a origem dos artefatos explosivos e o conteúdo do colete que ele utilizava.
