Governo lança ‘Plano Pena Justa’ para melhorar condições de presídios

Proposta visa redução da superlotação, melhoria da estrutura básica de higiene e alimentação, reintegração social dos detentos e combate à violação dos direitos no sistema carcerário

O governo brasileiro deu um passo significativo em direção à reforma do sistema prisional com o lançamento do plano “Pena Justa” na última quarta-feira (12). Esta iniciativa surge em resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que declarou que o sistema carcerário do país viola a Constituição. Com a validação do plano pelo STF no final do ano passado, sua implementação agora é obrigatória em todo o território nacional. Durante a cerimônia de lançamento, foram firmados acordos de cooperação entre diversos órgãos federais, como o Superior Tribunal do Trabalho, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério dos Transportes e a Agência Nacional de Transportes Terrestres.
Os acordos estabelecidos visam garantir a implementação eficaz e o monitoramento contínuo do plano. Entre as medidas propostas, destaca-se a criação de linhas de crédito para incentivar projetos culturais e de reinserção social para detentos, além de apoiar mulheres empreendedoras. Um dos pilares do plano é o conjunto de ações denominado “Emprega 347”, que busca assegurar a ocupação de 100% dos detentos no mercado de trabalho. O plano “Pena Justa” é estruturado em quatro eixos principais: redução da superlotação nos presídios, melhoria da estrutura básica de higiene e alimentação, reintegração social dos detentos e combate à violação dos direitos no sistema carcerário.
Atualmente, o Brasil enfrenta um desafio significativo com cerca de 857 mil pessoas encarceradas. A superlotação e a violência nos presídios são questões que há muito tempo preocupam o sistema judiciário brasileiro. Durante a cerimônia de lançamento do plano, o presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ministro Roberto Barroso, destacou a importância do “Pena Justa” como uma mudança crucial para enfrentar a superlotação e a violência entre os detentos. Ele ressaltou que a falta de acolhimento por parte do Estado pode levar ao fortalecimento de organizações criminosas dentro dos presídios.

Por Jovempan

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Theo Vieira
Pós graduado em História do Brasil pela Universidade Candido Mendes e Graduado em Comunicação Social, com habilitação para Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida. Atua como jornalista e apresentador dos programas “Super Manhã” de Segunda a Sexta das 5h às 07h e o “Sabadão da Nossa Rádio”, todos os Sábados de 09h ao meio dia, pela Nossa Rádio FM.