Picanha, azeite e mais: cesta de Natal fica 9,16% mais cara em 2024, diz Fipe

O forte aumento do preço das carnes, além da sazonalidade tradicional, é o principal destaque negativo no levantamento

Itens da Cesta de Natal ficaram 9,16% mais caros em 2024, de acordo com a prévia do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). O preço médio em novembro deste ano foi de R$ 439,30, em comparação a R$ 402,45 em dezembro do ano passado.

Dentre os itens que compõem a cesta, o azeite de oliva apresentou a maior alta, com aumento de 21,30%, enquanto o clássico panetone de frutas cristalizadas teve uma queda de 1,60% no preço. O lombo de porco com osso também registrou forte alta, com variação de 19,72%.

De acordo com Guilherme Moreira, coordenador da pesquisa, o destaque do levantamento é o aumento significativo nos preços das carnes de maneira geral. Mesmo com a sazonalidade normal, que já gera uma variação positiva nos preços, o clima também contribuiu para o aumento dos preços dos produtos.

“Os eventos climáticos de setembro e outubro, especialmente um setembro muito mais seco do que o normal, com diversas queimadas, prejudicaram a produtividade do campo e isso afetou fortemente os preços das carnes”, diz o pesquisador.

Além dos itens da Cesta de Natal, a FIPE também analisa a variação de preços de produtos que costumam ser comprados por famílias para as comemorações de fim de ano. No levantamento, as carnes também se destacaram pelo aumento de preços, com o quilo do pernil com osso variando 17,80% e o filé mignon com alta de 16,87%. Apenas a farofa teve uma queda, de 7,23%.

Tanto as frutas, como pêssego (+13,79%), uva (+4,49%) e morango (+12,02%), quanto os sucos, como néctar de laranja (+16,19%) e néctar de morango (+3,95%), apresentaram aumentos expressivos. No caso da laranja, segundo o pesquisador, o clima foi novamente um fator negativo. A safra da fruta foi especialmente impactada pelas variações climáticas em 2024.

“A laranja teve menor produtividade devido à seca e à maior demanda externa para exportação. Essas duas situações combinadas fizeram o preço da laranja disparar”, diz Moreira.

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Theo Vieira
Pós graduado em História do Brasil pela Universidade Candido Mendes e Graduado em Comunicação Social, com habilitação para Jornalismo, pela Universidade Veiga de Almeida. Atua como jornalista e apresentador dos programas “Super Manhã” de Segunda a Sexta das 5h às 07h e o “Sabadão da Nossa Rádio”, todos os Sábados de 09h ao meio dia, pela Nossa Rádio FM.